sexta-feira, 23 de abril de 2010

Concerto comemorativo do Centenário da República

No âmbito das comemorações de Centenário da República e do encerramento das actividades da "Semana da Escola", realizár-se-á no próximo dia 30 de Abril de 2010, pelas 21.15h no auditório Eng. Eurico de Melo, em Santo Tirso.

Este concerto, contará com a presença:

- do Coro da Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso;

- Orfeão de Matosinhos.

A apresentação dos dois coros será feita, num primeiro momento, a nível individual e, depois, em conjunto.

Ambos os coros serão dirigidos pelo prof. Manuel Pinheiro.

No átrio do auditório, estará patente uma exposição alusiva ao tema: "Implantação da República: um século em imagens", com imagens relativas a acontecimentos que levaram à queda da Monarquia e à consequente Implantação da República em 5 do Outubro de 1910, bem como a fotografia oficial dos Presidentes da República, juntamente com um pequeno resumo daquilo que foi a sua actuação como Chefes de Governo.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

``A Portuguesa´´

Hino nacional
Com a Implantação da República a 5 de Outubro de 1910, os principais símbolos nacionais – a bandeira e o hino – foram alterados. Já aqui expusémos a bandeira republicana bem como uma possível interpretação do seu significado. Apresentámos agora, uma breve síntese daquilo que é o Hino de Portugal, “A Portuguesa”.
O hino português tem na sua origem o Ultimato de 11 de Janeiro de 1890 que os ingleses impuseram a Portugal, facto que indignou a Nação e exaltou os mais altos valores patrióticos. Não ficou imune a esta inflamação nacional Alfredo Keil, que logo quis compor uma marcha de protesto e exaltação dos valores e sentimentos pátrios. Para essa marcha escreveu depois Henrique Lopes de Mendonça os versos, surgindo depois o título da composição: A Portuguesa.
. O Hino não demorou muito, no entanto, a estar pronto, pois já em Fevereiro era conhecido popularmente, através da imprensa. "A Portuguesa" teve um impacto nacional enorme, acusando excelente receptividade da população, que se revia na letra e facilmente entoava a melodia. Daí que durante a sublevação militar de cariz republicano que deflagrou no Porto em 31 de Janeiro de 1891, a marcha dos amotinados foi precisamente "A Portuguesa". Com o advento da República em 5 de Outubro de 1910 "A Portuguesa" irrompe de novo na população, decretando-se mesmo logo em Novembro o seu respeito e homenagem pelos militares sempre que entoado. Mas só na sessão de 19 de Junho de 1911 da Assembleia Constituinte é que se proclamou "A Portuguesa" como Hino Nacional. A versão oficial só foi aprovada, porém, em 4 de Setembro de 1957, por iniciativa do ministro da Presidência Marcello Caetano.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Rindo dos Presidentes

Durante a República nem tudo foi sério. Apresentamos agora caricaturas de alguns presidentes:


sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Manuel de Arriaga (1840 - 1917)


Presidente da República entre: 24 de Agosto de 1911 a 26 de Maio de 1915


Enquanto estudava na Universidade de Coimbra, para se "formar em leis", aderiu ao ideário republicano. Em 1882 foi deputado pela maioria republicana, e nove anos mais tarde passou a fazer parte do directório do partido. O Governo Provisório nomeou-o Procurador-geral da República e, em Agosto de 1911, já com 71 anos, foi eleito Presidente da República. Governou durante um período conturbado, marcado pela agitação social e pelos movimentos monárquicos.

Teófilo Braga (1843 - 1924)


Presidente da República entre: 29 de Maio de 1911 a 5 de Outubro de 1911


Apesar de ter iniciado os seus estudos universitários em Teologia, licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra. Foi escolhido para presidir ao I Governo Provisório saído do 5 de Outubro de 1910 até à eleição de Manuel de Arriaga, tendo depois, por deliberação do Congresso, exercido o mandato de 29 de Maio a 5 de Outubro de 1911. Foi seduzido pelas ideias positivistas de Comte, as quais defendeu.

Bernardino Machado (1851 - 1944)


Presidente da República entre: 6 de Agosto de 1915 a 5 de Dezembro de 1917


Com 28 anos, doutorou-se em Matemática e Filosofia na Universidade de Coimbra. Foi deputado do Partido Regenerador entre 1882 e 1886, e par do Reino em 1890. Foi também Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria no decorrer do ano de 1893. Ingressou no Partido republicano dez anos mais tarde, e foi Ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo Provisório. Chegou a primeiro-ministro em 1913, num período marcado por grande agitação política, e foi finalmente eleito Presidente da República em 1915. O movimento revolucionário de Sidónio Pais levou à sua demissão em 1917, mas ainda foi eleito para um segundo mandato em Dezembro de 1925. Também este foi de curta duração, terminando com o movimento de 28 de Maio de 1926.

Sidónio Pais (1872 - 1918)


Presidente da República entre: 28 de Abril de 1918 a 14 de Dezembro de 1918


Tornou-se senador em 1910, fazendo parte do Ministério de Manuel de Arriaga. Em 1917 liderou um movimento revolucionário levado a efeito para derrubar o governo de Afonso Costa. Sidónio demitiu o presidente Bernardino Machado e tomou conta do poder. Fez-se eleger Presidente da República por sufrágio universal em 1918, à revelia da Constituição, e instaura uma ditadura, amordaçando a imprensa. Foi alvo de dois atentados, um a 5 de Dezembro de 1918, e outro a 14 de Dezembro do mesmo ano, o qual veio a ter consequências fatais.

João de Canto e Castro (1862 - 1934)


Presidente da República entre: 16 de Dezembro de 1918 a 5 de Outubro de 1919


Este Almirante foi deputado em 1908 e Ministro da Marinha em 1918, sendo eleito Presidente da República em Dezembro desse ano. Numa época de grande tensão e instabilidade política, Canto e Castro abstraiu-se da sua formação militar e dos seus ideiais monárquicos. Teve de lidar com várias tentativas de insurreição, chegando mesmo a proclamar-se a monarquia nalguns locais do país. Foi sucedido em 1919 por António José de Almeida.

António José de Almeida (1866-1929)


Presidente da República entre: 5 de Outubro de 1919 a 5 de Outubro de 1923


Estudou Medicina na Universidade de Coimbra, e desde cedo adoptou o ideário republicano. Depois de ter sido médico em S. Tomé, Angola e Paris, voltou para dedicar-se à vida política, entrando para a Câmara dos Deputados. Foi ministro do Interior durante o primeiro Governo Provisório, e em 1916 foi ministro das Colónias, chegando mesmo a chefiar o Governo. Tornou-se líder do Partido Republicano entre 1912 e 1919, e fundou o Partido Evolucionista. Foi eleito Presidente da República em Outubro de 1919, o primeiro a cumprir o seu mandato de quatro anos sem interrupções.


Manuel Teixeira Gomes (1860-1941)


Presidente da República entre: 6 de Outubro de 1923 a 11 de Dezembro de 1925


Foi ministro dos Negócios Estrangeiros em Londres, entre 1911 e 1918. Quando Sidónio Pais ocupou a presidência, chamou-o de volta a Portugal e demitiu-o. Afonso Costa, em Paris, sugeriu a sua candidatura, e Teixeira Gomes foi eleito Presidente da República em Agosto de 1923. No mesmo ano deixou o cargo e partiu para a Argélia, onde veio a falecer.

Mendes Cabeçadas (1883-1929)



Presidente da República entre: 31 de Maio de 1926 a 17 de Junho de 1926


Mendes Cabeçadas, revolucionário de uma linha moderada, julgava ainda ser possível constituir um governo que não pusesse em causa o regime constitucional, mas apenas livre da nefasta influência do Partido Democrático. No entanto, os demais conspiradores (entre os quais Gomes da Costa e Óscar Carmona) julgaram-no como sendo incapaz e, no fundo, o último vestígio do regime constitucional da I República. Após uma reunião dos revoltosos no seu quartel-general em Sacavém, em 17 de Junho de 1926, Mendes Cabeçadas foi forçado a renunciar às funções de Presidente da República e de Primeiro-Ministro a favor de Gomes da Costa.

Mais uma vez passou a apoiar os oposicionistas, tendo-se envolvido em várias revoltas, e subscrito até manifestos contra a ditadura, até à sua morte, em 1965.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Gomes da Costa (1863-1929)



Presidente da República entre: 19 de Junho de 1926 a 9 de Julho de 1926


Gomes da Costa afastou Mendes Cabeçadas da Presidência da República e assumiu os seus poderes até 9 de Julho de 1926, enquanto não foi designado um novo Chefe de Estado.

Óscar Carmona (1869-1951)


Presidente da República entre: 16 de Novembro de 1926 a 18 de Abril de 1951


Oficial de cavalaria, tomou uma posição de destaque na defesa e absolvição dos implicados no golpe de Abril de 1925. Foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros do primeiro governo saído do 28 de Maio. Ao chefiar o golpe que conduz ao afastamento de Gomes da Costa, tornou-se o líder máximo da ditadura, institucionalizando-a e colocando à sua frente um homem que progressivamente ganhou uma posição de relevo: Salazar. Em 1928 apresentou-se como único candidato às eleições presidenciais, cargo que iria ocupar sucessivas vezes até à sua morte.

Francisco Craveiro Lopes (1894-1964)


Presidente da República entre: 21 de Julho de 1951 a 9 de Agosto de 1958


Cumpriu uma carreira militar brilhante, e foi Comandante-Geral da Legião Portuguesa em 1944. Após a morte de Carmona, foi convidado a suceder-lhe na Presidência da República, cargo que ocupou até 1958. Mais tarde colaborou na tentativa de golpe protagonizada por Botelho Moniz, que pretendia demitir Salazar e reconduzi-lo à presidência.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Américo Tomás (1894-1987)


Presidente da República entre: 9 de Agosto de 1958 a 25 de Abril de 1974

Este Almirante tornou-se Presidente da República em 1958, e foi deposto pela revolução de 25 de Abril de 1974. Era ministro da Marinha quando Salazar o propôs para disputar as eleições contra o General Humberto Delgado, candidato da oposição democrática que foi vencido graças à fraude. Depois do 25 de Abril esteve exilado no Brasil, só regressando em 1979.

António de Spínola (1910-1996)


Presidente da República entre : 15 de Maio de 1914 a 30 de Setembro de 1914

Militar e político, foi comandante-chefe e governador na Guiné-Bissau entre 1968 e 1973. No ano seguinte tornou-se vice-chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, mas foi exonerado devido à publicação da obra "Portugal e o Futuro", na qual punha em causa a política colonial do Governo. Depois do golpe militar de 25 de Abril, a Junta de Salvação Nacional elegeu-o para Presidente da República, tendo-se demitido em Setembro de 1974. Envolveu-se na conjuntura militar de 11 de Março de 1975, e foi promovido mais tarde a marechal do Exército.

Costa Gomes (1914- 2001)


Presidente da República entre: 30 de Setembro de 1974 a 27 de Junho de 1976

Francisco Costa Gomes foi nomeado subsecretário de Estado do Exército em 1958, tendo sido mais tarde exonerado devido às suas divergências relativamente à política colonial. Foi comandante da Região Militar de Moçambique, comandante-chefe das Forças Armadas de Angola e, em 1972, foi nomeado Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas. Também desse cargo foi exonerado em Março de 1974. Retomou no entanto as funções após o golpe militar de 25 de Abril desse ano, e em Setembro ascendeu ao cargo de Presidente da República, onde permaneceu até Julho de 1976.

Ramalho Eanes (1935- ...)


Presidente da República entre : 14 de Julho de 1976 a 9 de Março de 1986

Depois de uma demorada carreira de combatente nas guerras coloniais, Ramalho Eanes encontrava-se em Angola aquando da revolução de 25 de Abril de 1974. Regressado a Portugal, foi presidente da RTP, e dirigiu as operações militares do 25 de Novembro de 1975 contra a facção mais radical do Movimento das Forças Armadas. Em 1976 foi eleito Presidente da República, sendo reeleito em 1980. Cessou as funções em Fevereiro de 1986.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Mário Soares (1924- ...)


Presidente da República entre: 10 de Março de 1986 a 9 de Março de 1996


Enquanto jovem, participou em acções de resistência contra o regime de Salazar e Caetano, tendo conhecido a prisão e o exílio. Fez parte do Movimento de Unidade Democrática, participou na campanha do general Humberto Delgado e nas eleições parlamentares de 1969. Foi um dos fundadores do Partido Socialista, e tornou-se o seu líder depois do 25 de Abril de 1974. Nessa qualidade chefiou os primeiro e segundo governos constitucionais. Em 1983 regressou ao poder, após um afastamento de cinco anos durante os quais se assumiu como a principal figura da oposição. Foi eleito Presidente da República à segunda volta das eleições de 1986, e reeleito em 1991.

Jorge Sampaio (1939 - ...)


Presidente da República entre : 9 de Março de 1996 a 9 de Março de 2006


Licenciou-se em Direito na Universidade de Lisboa, participou activamente na crise académica de 1962, foi candidato a deputado pela CDE , e em Dezembro 1974 ajudou à criação do Movimento da Esquerda Socialista. Foi secretário de Estado da Cooperação Externa no IV Governo Provisório, participou na criação do Grupo de Intervenção Socialista, e em 1978 integrou-se no PS. Na IV Legislatura foi vice-presidente do grupo parlamentar desse partido, e na V Legislatura foi o presidente. Após a demissão de Vítor Constâncio foi eleito secretário-geral do PS, fazendo também parte do Conselho de Estado. Nas eleições autárquicas de 1989 foi eleito presidente da Câmara de Lisboa, cargo que só abandonou em 1995 para concorrer às presidenciais do ano seguinte. Ao vencer essas eleições tornou-se o no 5º Presidente da república pós-25 de Abril.


Aníbal Cavaco Silva (1939 -...)


Presidente da República entre: 22 de Janeiro de 2005 - . . .



Formou-se em Lisboa, no Instituto de Ciências Económicas e Financeiras, em 1964, e ali passou a ensinar a partir de 1966. Na Universidade de York (Reino Unido) doutorou-se, em 1973, com a tese Economic Effects of Public Debt. Professor catedrático da Universidade Nova de Lisboa (desde 1979), da Universidade Católica (1975) e director do Gabinete de Estudos do Banco de Portugal, assumiu em 1980 a pasta de Economia e Finanças no governo de Francisco Sá Carneiro, demitindo-se em 1981 e recusando-se depois a integrar o novo executivo liderado por Pinto Balsemão após a morte de Sá Carneiro. Tendo assumido, em Maio de 1985, a liderança do PSD, levou o partido a ganhar as eleições para a Assembleia da República realizadas em 6 de Outubro de 1985, tornando-se o primeiro-ministro do 10.º Governo Constitucional. Após as eleições legislativas de 1987 e 1991, em que seu partido obteve maiorias absolutas, constituiu, respectivamente, o 11.º e 12.º Governos Constitucionais. Depois de perder as eleições presidenciais em 1996, que deram a vitória a Jorge Sampaio, afastou-se da vida política e prosseguiu com a carreira docente.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O ideário republicano de Antero de Quental

O comportamento necessário da liberdade, que a faz viver e frutificar, é a República.

A República é :

  • no Estado, liberdade ;

  • nas conciências, moralidade ;

  • na indústria, produção ;

  • no trabalho, segurança ;

  • na Nação, força e independência ;

Para todos, riqueza ; para todos igualdade ; para todos luz ;


                                                                                             REGO, Raul "História da República", volume I

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

As Concorrentes

Aquando da Implantação da República, houve um concurso a nível nacional, por forma a serem criados projectos para a futura bandeira da «República Portuguesa». Apresentamos agora, alguns desses projectos bem como os seus autores:



Eis a vencedora!






A bandeira tem um significado republicano e nacionalista. Fica aqui uma explicação plausível para o significado das suas cores bem como dos símbolos que a compõem:

Verde – a cor da esperança; está ligada à revolta republicana de 31 de Janeiro de 1891;

Vermelho – é a cor combativa, quente, viril por excelência; é a cor da conquista e do riso; uma cor cantante, ardente e alegre; lembra o sangue e incita à vitória.

Esfera armilar – representa o Império Colonial Português e as descobertas feitas por Portugal.

Escudo de armas português (que se manteve tal como era na monarquia), sobreposto a uma esfera armilar:

- Cinco quinas: alusão às cinco chagas de Cristo.

- Besantes: cinco besnates* em cinco quinas (25 besantes** ao todo); estes fazem referência aos 30 dinheiros pelos quais Judas traiu Jesus Cristo. Segundo a lenda, antes da Batalha de Ourique (26 de Julho de 1139), D. Afonso Henriques rezava pela protecção dos portugueses quando teve uma visão de Jesus na cruz. D. Afonso Henriques ganhou a batalha e, em sinal de gratidão, incorporou o estigma na bandeira de seu pai, que era uma cruz azul em campo branco.

Sete castelos: tradicionalmente, representam as vitórias dos portugueses sobre os seus inimigos e simbolizam também o Reino do Algarve.


"Aqui pinta no branco escudo ufano,
Que agora esta victoria certifica,
Cinco escudos azues esclarecidos
Em signal destes cinco Reis vencidos"

Luis de Camões

____________________________
*Besante – nome dado a cada ponto branco incorporado nas cinco quinas da bandeira.

** Para dar a soma de 30 (numero de dinheiros pelos quais Judas traiu Jesus Cristo) os besantes da quina do meio devem ser contados duas vezes.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Um século de esperanças adiadas

Regionalização é uma promessa com 100 anos.

A República termina em 2010 o primeiro centenário sem ter cumprido uma das suas promessas mais emblemáticas: a substituição dos distritos pelas regiões administrativas ou, como lhe chamavam os republicanos primitivos, as "províncias".
A promessa era antiga quando em 1910 os republicanos depuseram a monarquia: já em 1891, ano em que se dá a revolta de 31 de Janeiro no Porto, o advogado de José Jacinto Nunes apresentou pelo Partido Republicano, um projecto de Código administrativo onde se prometia uma maior descentralização e maior autonomia dos poderes autárquicos.
"O continente da República portuguesa divide-se em províncias, as províncias em municípios e estes em freguesias" - dizia, no seu artigo primeiro, o projecto de Jacinto Nunes. Desapareciam nesta proposta os distrito.
Como diz o historiador Gaspar Martins Pereira, "o projecto republicano de Código administrativo apontava no sentido de uma regionalização", mas "instaurada a República, o projecto de Código Administrativo, elaborado por uma comissão presidida pelo mesmo Jacinto Nunes e apresentada à Câmara dos Deputados e ao Senado, em 1913 e 1914, seria bastante mais recuado".
Cem anos depois, o tema continua a dividir o país em moldes e com argumentos praticamente iguais, sem que, novamente, se tenha visto propriamente luz ao fundo do túnel.


                                                                                         
                                                                                             in "Jornal de Notícias", 4 de Outubro de 2009

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Apresentação

No âmbito da disciplina de Área de Projecto, escolhemos como tema do nosso trabalho o Centenário da Instauração da República.


No próximo dia 10 de Outubro de 2010, comemorar-se-ão 100 anos da Instauração de República Portuguesa. Pensando nós que ninguém se deve alhear de tal comemoração (muito menos a comunidade escolar) decidimos pois, avançar com o presente projecto com a forma a, dentro do possível, chamar a atenção da comunidade escolar para a efeméride e, também, enriquecermos e aprofundar-mos o nosso conhecimento sobre o tema. 


Com o presente blogue, pretendemos essencialmente: 

- Dar a conhecer um pouco do nosso trabalho;

- Contextualizar a Instauração da República nos campos político, económico e social;


- Elucidar sobre os protagonistas deste acontecimento.


Esperamos que o nosso trabalho nos renda uma boa nota.